terça-feira, 29 de março de 2016

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Psicologia – Psiqué (mente) + logia (estudo) = estudo da mente e dos processos mentais, comportamentos, desejos, percepção, motivação. Estes estudos eram feitos por filósofos, que tentavam entender a mente humana através da observação do comportamento.
Nos últimos 25 anos do século XIX, a Psicologia evoluía como uma disciplina científica distinta, com seus próprios métodos e linhas de estudo, e não mais um ramo da Filosofia, como era vista até então.
O rumo da nova ciência foi influenciado pelo psicólogo alemão Wilhelm Wundt, que tinha idéias precisas em relação à forma da nova ciência, estabelecendo as metas, objetos de estudo, os métodos e os tópicos de pesquisa. Porém, vários outros psicólogos surgiram e formaram grupos de estudos, gerando assim, as correntes de pensamentos, as quais nem sempre concordavam entre si.
Para que uma teoria ou evento seja considerado científico, é necessária sua reprodução em ambiente controlado, e que seus resultados sejam previsíveis. Após várias reproduções, um evento ou teoria que seja “previsível”, torna-se um fato científico. Assim, não basta um simples acontecimento isolado, para que seja feita uma avaliação psicológica.

CORRENTES DE PENSAMENTO


Mecanicismo (séc. XVII) – doutrina para a qual os processos naturais são determinados mecanicamente e passíveis de explicação pelas leis da física e da química, tendo como metáfora, o relógio, que representa o funcionamento do universo. Por essa teoria, surge a ideia do determinismo, que é a crença de que qualquer ação é determinada pelos eventos do passado. Surge, também, a noção de reducionismo, que é a ideia de que, para entender uma ideia ou fato complexo, bastaria reduzi-los a idéias ou fatos mais simples, como desmontar um relógio, para entender seu funcionamento.
Esta corrente de pensamento tinha seguidores ilustres como o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), o filósofo francês René Descartes (1596-1650) e o físico italiano Giovanni Borelli (1608-1679).


Empirismo (séc. XVII) – busca do conhecimento mediante a observação da natureza e a atribuição de todo conhecimento à experiência, ou seja, só se obtém conhecimento, através da vivência daquilo que se estuda.

segunda-feira, 14 de março de 2016

DESENVOLVENDO HABILIDADES

Aprendizagem

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O caráter intencional da aprendizagem é uma característica particular do ser humano. Este caracteriza-se, simultaneamente, pelo seu dinamismo, ao estar sempre em mutação e procurar novas informações para a aprendizagem. É ainda criador, ao procurar novos métodos que permitam a melhoria da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.
     Para desenvolver o processo de aprendizagem, o ser humano necessita de estímulos externos e internos, como a motivação e a necessidade. Este processo provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende, sendo, por isso, um processo pessoal que envolve a totalidade da pessoa.
     Durante a aprendizagem, ocorre a interiorização de uma série de comportamentos e capacidades intelectuais, a aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento de competências. Verifica-se também a alteração de conduta de um indivíduo, em que as informações adquiridas podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou pela mera aquisição de hábitos. 
     Graças à capacidade para aprender, o ser humano consegue uma melhor adaptação ao meio que o rodeia, verificando-se que a maior parte da aprendizagem que o homem adquire é consequência da imitação de outras pessoas.
     A aprendizagem é simultaneamente influenciada e condicionada por diversos elementos básicos necessários ao sucesso do processo de fixação das novas informações, que depois serão processadas pelo indivíduo:
          ৹  Motivação - Aprende-se melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto que se está a estudar, dado que um  indivíduo motivado possui uma atitude ativa e empenhada no processo de aprendizagem. Por isso, existe uma relação dinâmica entre a aprendizagem e a motivação.
          ৹ Conhecimentos anteriores - Os conhecimentos anteriores que uma pessoa detém sobre um assunto condicionam a aprendizagem, porque há aprendizagens prévias que, se não tiverem sido correctamente concretizadas, não possibilitam o acto de aprender. Deste modo, uma nova aprendizagem só se concretiza quando o material novo se incorpora e relaciona com os conhecimentos e saberes que já se possui, ocorrendo uma reorganização permanente dos conteúdos já possuídos.
          ৹ Quantidade de informação - A capacidade de o Homem aprender novas informações é limitada, dado que não é possível integrar simultaneamente grandes quantidades de informação. Por isso, é necessário seleccionar-se a informação relevante.
          ৹ Diversidade das atividades - Quanto maior for a diversidade das abordagens a uma temática e quanto mais distintas forem as tarefas, maior serão a motivação e a concentração do indivíduo e, consequentemente, a aprendizagem decorrerá melhor. 
          ৹ Planificação e organização - A forma como se aprende determina, em larga escala, o que se aprende. Para que uma aprendizagem seja bem sucedida, é fundamental a definição clara de objectivos, a selecção de estratégias e é ainda necessário planificar, organizar o trabalho por etapas e ir avaliando os resultados. Estes processos promovem a eficiência e o controlo dos processos de aprendizagem e, concludentemente, a autonomia do ser humano.
          ৹  Cooperação - Se existir trabalho de forma cooperativa com os outros, determinados tipos de problemas são resolvidos de uma melhor forma e a aprendizagem é mais eficaz, uma vez que “a aprendizagem cooperativa, ao implicar a interacção e a ajuda mútua, possibilita a resolução de problemas complexos de forma mais eficaz e elaborada”. Este facto deve-se à singularidade do ser humano, pelo que a forma como cada ser humano encara um problema e a forma como o soluciona é diferente. 
   
     Todavia, a aprendizagem é igualmente influenciada pela hereditariedade, em que o estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são considerados elementos básicos no processo de fixação das novas informações adquiridas e processadas pelo indivíduo.

     O estado emocional também influencia a eficiência da aprendizagem, uma vez que existe uma propensão para recordarmos melhor os acontecimentos que se encontram associados a experiências especialmente felizes, tristes ou dolorosas. 
     Além disso, também nos lembramos melhor dos acontecimentos quando estamos atentos, o que significa que o interesse reforça a aprendizagem.
     Deste modo, compreende-se que o processo de aprendizagem é de suma importância para o estudo do comportamento do ser humano. 



sexta-feira, 11 de março de 2016

Artigos e Publicações: CONGRESSO BRASILEIRO - Comunicação e Linguagem em ...

Artigos e Publicações: CONGRESSO BRASILEIRO - Comunicação e Linguagem em ...:

PRINCIPAIS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Para muitos, as expressões “dificuldade” e “transtorno” de aprendizagem têm o mesmo significado. Mas vale enfatizar que são dois problemas diferentes e que se manifestam e devem ser tratadas de maneiras distintas.
dificuldades
As dificuldades de aprendizagem, normalmente, estão relacionadas a fatores externos que acabam interferindo no processo do aprender do estudante, como a metodologia da escola e dos professores, a influência dos colegas…

Em contrapartida, os transtornos, normalmente, estão intrínsecos e fazem parte do aluno, seja uma disfunção neurológica, química, fatores hereditários, imaturidade…
Partindo do princípio que, para muitos, dificuldades e transtornos têm o mesmo significado, podemos citar quais são as principais dificuldades de aprendizagem:
– Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade: é um problema de desatenção com ou sem hiperatividade (quando a criança é agitada e não consegue parar quieta. Elas se machucam com mais frequência, não têm paciência, interrompem conversas…;
– Discalculia: dificuldade de aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade de entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números…;
– Dislalia: um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas;
– Disortografia: dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita, é um transtorno específico da grafia que, geralmente, acompanha a dislexia.
Ainda que muitos pensem que transtorno e dificuldade de aprendizagem seja o mesmo, é importante ter conhecimento sobre a diferença entre eles. Antes de procurar um professor particular para o seu filho, busque um diagnóstico clínico para saber quais os seus problemas de aprendizagem. 
Confundir transtorno com dificuldades pode acarretar sérios problemas na vida do sujeito e tratá-los da mesma maneira, provavelmente, não surtirá o efeito desejável.
O psicopedagogo é um profissional especializado para diagnosticar os problemas no processo de aprendizagem do estudante, caso você queira descobrir quais os problemas de aprendizagem de seu filho, procure um especialista.

Tanya Torrico
Psicopedagoga Clínica e Institucional


quinta-feira, 10 de março de 2016

QUAL TRATAMENTO DA DISLEXIA?


Uma equipe interdisciplinar, formada por professor, pedagogo, psicólogo,psicopedagogo e fonoaudiólogo, é fundamental para que você consiga não apenas conviver, como superar essa dificuldade de não conseguir associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam. 

Quanto antes descobrir a dislexia, melhor será para evitar rótulos depreciativos ao portador, dificuldades com os colegas na escola, constrangimento no local de trabalho, problemas de relacionamento seja com amigos, parceiros ou familiares. 

tratamento da dislexia é um processo longo e que demanda muita persistência.

segunda-feira, 7 de março de 2016

DISFEMIA - Mais conhecida como gagueira.

Gagueira é um distúrbio na temporalização da fala que afeta a fluência e a comunicação. A temporalização significa o tempo de execução dos sons, sílabas, palavras e frases. Cada som da fala tem um tempo usual para ser falado. Esse tempo depende da região onde a fala é produzida. No caso da gagueira, alguns sons demoram mais para serem ditos. Esse tempo maior interfere na fluência.
Já a fluência representa a suavidade e facilidade com que os sons, silabas, palavras e frases são produzidos ao longo da fala. No caso de pessoas com gagueira, a produção da fala é trabalhosa e a ligação entre sons, sílabas, palavras e frases não é automática ou espontânea, como ocorre com quem não tem a condição.

quinta-feira, 3 de março de 2016

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Entendendo Sobre TDAH



O TDAH (DDA) não é um distúrbio passageiro, temporário, a ser superado, uma vez que é neurobiológico e não o resultado de falta de disciplina ou de controle dos pais, assim como não é falta de força de vontade ou de caráter da criança ou do adolescente como erroneamente muitos adultos pensam ser. A recuperação acontece em cerca apenas 30% dos casos.
Algumas crianças com TDAH (DDA) já são difíceis de serem cuidadas antes mesmo dos 3 anos de idade por serem muito ativas, irritáveis, temperamentais, autoritárias, podendo ainda ter distúrbio de sono e/ou alimentar.
Outras crianças com TDAH (DDA) não diferem das demais e só são avaliadas e diagnosticadas após o ingresso no período escolar ao apresentar prejuízo no aprendizado e/ou nos relacionamentos com colegas, professores ou pais. Isso porque os 3 sintomas mais marcantes do TDAH (DDA) – a distração, a impulsividade e a grande atividade, num grau mais leve, são comuns nas crianças em geral, daí muitas ficarem sem diagnóstico. Também as do Tipo Desatento podem passar despercebidas nos primeiros anos de vida.
Além de distraídos, a criança ou adolescente com TDAH (DDA) tem enorme dificuldade em sustentar a atenção durante muito tempo numa mesma tarefa, sem interrompê-la por inúmeras vezes.
Porém. quando motivados ou desafiados por situações inovadoras (televisão, vídeo-game, salas de bate-papo, etc...), eles têm um poder de hiperconcentração, nem se dando conta do que acontece à sua volta.
Os hiperativos/impulsivos, são incapazes de planejar, selecionar com antecedência, para depois executar algo. Eles não conseguem controlar, inibir seus impulsos: dificilmente ficam quietos num lugar por muito tempo, podem ser muito falantes, falar sem pensar, sendo muitas vezes inconvenientes, interromper a fala dos outros, jogos, responder a questões antes de serem totalmente formuladas, comer muito, comprar muito, etc.
Essa falta de autocontrole pode ser o terror de muitos pais e/ou professores, que sentem-se incapazes de colocar limites caso não conheçam o transtorno e como lidar com ele.
Geralmente são desorganizados com seu material escolar, sua mochila, sua mesa, gavetas e principalmente com o planejamento de suas tarefas, estudos, empurrando-os sempre para a última hora (isso quando não deixam de fazê-los). Estão sempre atrasados, lutando contra o tempo.
Problemas de memória são freqüentes: esquecem nomes, datas de trabalhos, provas, perdem ou esquecem objetos com facilidade. Como conseqüência vem a preocupação e ansiedade crônicas, por não se sentirem confiáveis.
Também têm muita dificuldade em notar, interpretar dicas e regras sociais: sempre querem fazer tudo "do seu jeito, no seu tempo". Isso explica muitas vezes a dificuldade de viver adequadamente em sociedade, seus desencontros nos relacionamentos sociais e pessoais.
A criança ou adolescente com TDAH (DDA) não sabe lidar com fracasso, frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade.
Com a auto-estima fragilizada por tantos rótulos negativos já recebidos, com freqüência "chutam o pau da barraca", por serem super reativos e por acharem que já não têm muito a perder.
O transtorno gera uma real incapacidade na criança ou no adolescente de controlar sua própria vontade ou comportamento, relacionando-os com a passagem do tempo: muitos são incapazes de ter em mente futuros objetivos e/ou medir as conseqüências negativas de seus atos impulsivos a longo prazo.
O TDAH (DDA) erroneamente, muitas vezes é apresentado como distúrbio de aprendizagem, mas na verdade é um distúrbio de realização.
Crianças ou adolescentes com TDAH (DDA) sentem-se muito melhor quando após serem diagnosticadas, fazem um tratamento focado, onde os seus problemas e dificuldades são trabalhados e suas qualidades são realçadas e alimentadas, visando sempre a melhoria de sua auto-estima, nunca esquecendo dos limites a serem respeitados. Afinal, geralmente são inteligentes, sensíveis, curiosos, criativos, atrevidos, inventivos, com muita energia, espontaneidade, etc., com necessidade de uma "condução" adequada.

EDUÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO; Pais de filhos Autistas.

                                                                                                           

Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm direito a acompanhamento familiar, por isso é importante conscientizar os pais de que é possível, por meio de processos legais, reduzir a carga horária de trabalho sem perda salarial para que possam participar do tratamento de seus filhos.
Existem artigos da Constituição Federal que garantem a aplicação de medidas para que os pais possam manter a rotina de acompanhamento dos tratamentos da criança com autismo, uma vez que pedir somente a redução de carga horária pode comprometê-la, já que conta com diversas terapias físicas e psicológicas que podem sair muito caro.
Pela dificuldade encontrada pelos pais para enfrentar a situação do autismo, que ainda sofre muito preconceitos e é pouco entendido, pessoas com TEA e sua família têm garantido por lei o direito de utilizar todo o serviço da Assistência Social do município em que residem. Famílias que aceitam e entendem a deficiência podem ajudar muito mais no processo de tratamento da criança portadora do transtorno.
É necessário lembrar que a pessoa com autismo é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais, possuindo todos os direitos previstos em leis específicas para pessoas com deficiência. Além disso, quando são crianças e adolescentes também possuem aqueles provenientes do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) – lei.8069/1990 – e, quando idosos, têm os direitos do Estatuto do Idoso (lei 10.741/2003).
Conforme o ECA, é obrigação do Estado garantir atendimento educacional especializado a pessoas com deficiência – preferencialmente na rede regular de ensino. Caso o Estado não possa prestar essa educação especializada próxima à residência, os pais podem pedir administrativamente uma escola privada ou pública que tenha a educação especializada e próxima da casa onde reside a criança ou adolescente com TEA.