segunda-feira, 12 de setembro de 2016

TRANSTORNOS MENTAIS



Transtornos mentais (ou doenças mentais, transtornos psiquiátricos ou psíquicos, entre outras nomenclaturas) são condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. Em geral, um transtorno representa um significativo impacto na vida do paciente, provocando sintomas como desconforto emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória.
Dentre os fatores causadores, a genética, a química cerebral (problemas hormonais ou uso de substâncias tóxicas que afetam o cérebro) e o estilo de vida são tidos como os principais desencadeadores dos diversos transtornos existentes. Doenças em outras partes do corpo podem afetar a mente, e inversamente, transtornos ou doenças mentais podem também desencadear outras doenças pelo corpo, produzindo sintomas somáticos.
Uma doença ou transtorno mental pode ser tratado através de medicamentos, ou várias formas de psicoterapia. O diagnóstico envolve o exame do estado mental confrontando seu histórico clínico, utilizando-se também de testes psicológicos, exames neurológicos, de imagem e exames físicos.

Abaixo você encontra uma lista com os principais transtornos mentais.

DISTÚRBIOS CEREBRAIS



O cérebro é o centro de controle do corpo. Ele faz parte do sistema neurológico, um sistema complexo que inclui a medula espinhal e uma vasta rede de nervos e neurônios que controlam e implementam as funções desempenhadas diariamente. Os distúrbios cerebrais ocorrem quando o cérebro está danificado por lesões, doenças ou problemas de saúde.

Sintomas 

Os sintomas dos distúrbios cerebrais normalmente dependem da causa do problema. Os distúrbios cerebrais podem afetar as áreas principais do cérebro que controlam movimento, pensamento e comportamento. Alguns tumores podem constringir os vasos sanguíneos no cérebro.
Estes são alguns sintomas comuns de distúrbios cerebrais que podem estar presentes:
  • confusão ou problemas de concentração
  • dores de cabeça ou enxaquecas
  • convulsões
  • problemas de memória
  • alterações no modo como a pessoa se comporta normalmente
  • problemas de visão (visão dupla, por exemplo)
  • falta de controle muscular
  • vômito ou náusea
Causas

As causas dos distúrbios cerebrais variam com o tipo de distúrbio manifestado
Estas são as causas de distúrbios cerebrais:
  • trauma cerebral
  • AVC (fornecimento restrito ou reduzido de oxigênio e sangue para o cérebro que causa morte celular)
  • infecções virais (os vírus podem causar inflamação e inchaço nos tecidos do cérebro)
  • doença e câncer
  • crescimentos anormais (tumores)
  • problemas hereditários que afetam o cérebro
  • alterações nos circuitos elétricos do cérebro (comunicação entre neurônios)
Riscos
Estes fatores representam risco de distúrbio cerebral:
  • trauma fechado ou contuso na cabeça
  • histórico familiar de doenças ou distúrbios cerebrais
  • infecção viral
  • AVC
  • fumar
  • parar de respirar (isso impede que o oxigênio alcance o cérebro)



DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM





É uma dificuldade persistente para adquirir e desenvolver a fala e a linguagem. Aparentemente a criança possuiu todas as condições para falar, mas ela não consegue ou apresenta muita dificuldade neste processo.

O atraso no aparecimento da linguagem oral pode, muitas vezes, ser o sinal de problemas auditivos, ou falta de estímulos ou ainda pode ser o sinal de transtornos mais globais no desenvolvimento como o Autismo e a Deficiência Intelectual.

No entanto, esse atraso pode ser o indício de um quadro denominado de Distúrbio Específico de Linguagem (Specific Language Impairment, SLI), ou seja, aparentemente a criança possui todas as condições de desenvolver a linguagem e a fala, mas este desenvolvimento não ocorre conforme o esperado.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos revelam que cerca de 7 em cada 100 crianças saudáveis apresentam algum grau de dificuldade de aquisição e de desenvolvimento da linguagem (Leonard, 2000).

Os pais começam a perceber problemas no desenvolvimento lingüístico da criança por volta dos dois ou três anos de idade: algumas crianças não falam, ou demoram para iniciar a produção das primeiras palavras ou são lentas para aprender novas palavras (vocabulário restrito) ou ainda não conseguem combinar palavras para formar frases.

As dificuldades podem ser variadas, a depender da gravidade do quadro e podem persistir até a idade adulta. Existem casos mais graves, que dificilmente irão desenvolver uma “fala normal”, como existem casos mais leves, nos quais a manifestação mais comum pode ser a dificuldade em adquirir os sons da língua (apresentam trocas de sons na fala).

O diagnóstico precoce e correto é fundamental – para que seja traçado um planejamento terapêutico específico para cada caso e também para que tanto os familiares quanto os professores possam receber esclarecimentos e orientações sobre o problema.

O diagnóstico inicial é feito por exclusão, ou seja, primeiramente tem que ser investigado se existe algum problema auditivo, se a dificuldade é específica da área da linguagem ou se outros aspectos do desenvolvimento da criança também estão alterados, se existe algum problema emocional grave, se em casa está faltando estímulos para o desenvolvimento da fala e da linguagem.

Se todas essas causas forem excluídas e a partir de testes específicos, for confirmada uma alteração no processo de desenvolvimento da fala e da linguagem, daí sim, podemos estar diante de um quadro de Distúrbio Específico de Linguagem.


Sinais indicativos de um Distúrbio Específico de Linguagem: 

 O aparecimento da fala é lento ou atrasado;
 A compreensão pode ser normal ou pode estar alterada; 
 Dificuldade em combinar palavras para formar frases; 
 Presença de alterações fonológicas (troca de sons na fala); 
 Presença de alterações morfossintáticas: não consegue estruturar adequadamente uma frase, dificuldade com verbos, preposições;
 Flexionamento verbal e nominal ausente ou inadequado; 
 Dificuldade na organização sequencial das palavras nas frases (inverte a ordem das palavras); 
 Fala ininteligível – os familiares não conseguem entender o que a criança está falando; 
 Vocabulário restrito – dificuldade para aprender novas palavras; 
 Pode aparecer disfluências, como hesitações, repetições de silabas e de palavras (sinais parecidos com uma gagueira); 
 Não conseguem relatar fatos, recontar uma história; 
 Dificuldade para compreender piadas, duplo sentido; 
 Apresentar sérias dificuldades para aprender a leitura e escrita – transtornos de aprendizagem; 
 Se há problemas semelhantes na família;


O Distúrbio Específico de Linguagem pode gerar conseqüências para o processo de aprendizagem da escrita e leitura – estas crianças geralmente não conseguem se alfabetizar na idade prevista e possuem sérias dificuldades para acompanhar as atividades em sala de aula. Não conseguem compreender a relação entre o som e a escrita. A aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral são determinantes para o aprendizado da leitura e escrita.

Este Distúrbio também pode desencadear problemas sócio-emocionais: geralmente são crianças que acabam se isolando dos amigos, apresentam um prejuízo no processo de socialização. Existem até pesquisas que mostram que estas crianças são depressivas. Por serem inteligentes, elas possuem percepção de suas dificuldades.


Quais as causas deste quadro? 

Pesquisas atuais indicam que estas crianças podem ter um funcionamento anormal da área cerebral responsável pelo processamento da linguagem. Ou seja, o cérebro destas crianças, parece não ser apto para aprender e para processar a linguagem. Pesquisas americanas mostram ainda, que a influência genética parece se relacionar com a organização das áreas cerebrais responsáveis pela linguagem. Este funcionamento anormal não é detectado em exames convencionais para o estudo do cérebro, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética (em geral, estes exames são normais).

O que os pais e professores podem fazer? 

Podem ficar atentos quanto aos marcos de desenvolvimento da linguagem, como por exemplo: com 1 ano as crianças já começam a falar as primeiras palavras (papai , mamãe); com 1 ano e meio elas já conseguem juntar duas palavras e a partir dos 2 anos, as crianças já começam a formar pequenas frases.

Quando isso não acontecer é importante que os pais busquem uma orientação profissional. Até mesmo nas creches e escolas, os professores podem observar estes marcos de desenvolvimento.

Se existe também alguém na família que teve ou tem algum problema de linguagem ou aprendizagem é mais um sinal para os pais prestarem atenção. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores oportunidades de tratamento poderão ser oferecidas.

Infelizmente, a realidade aqui no Brasil tem revelado que muitas destas crianças acabam não sendo diagnosticas ou são diagnosticadas de forma incorreta. Muitas vezes, são confundidas com crianças com surdez ou com crianças Autistas ou com Deficiência Intelectual.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O QUE É DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Entendemos como dificuldade de aprendizagem qualquer obstáculo encontrado nesse processo de ensino-aprendizagem causado por fatores externos, como metodologia de ensino inapropriada, conflitos familiares, mudanças frequentes de escola ou diferenças culturais. 
Ou seja, o ambiente é que acaba provocando essa dificuldade.

O QUE É TRANTORNO

O transtorno de aprendizagem tem motivos intrínsecos, ou seja, é parte da criança.


Ela recebe adequadamente a informação do meio externo, porém tem uma falha na integração, no processamento e no armazenamento, resultando em um problema na "saída" das informações - seja pela leitura, escrita ou cálculo. Há uma discrepância entre grau de inteligência, escolaridade e idade e o desempenho escolar.
Dentro desses transtornos, podemos encontrar a Dislexia (dificuldade de leitura e por vezes de escrita, que pode afetar também a percepção dos sons da fala, e se manifesta inicialmente durante a fase de alfabetização), Disortografia (trocas de letras na escrita),Discalculia (dificuldades com as habilidades matemáticas) e até mesmo o TDAH(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Conheça alguns sinais de que a criança possua um transtorno de aprendizagem:
  • Baixo desempenho na escola, mesmo demonstrando ser bem esperta em outras atividades;
  • Dificuldade em entender e cumprir tarefas e instruções;
  • Dificuldade em entender o conceito de tempo, confundindo o ontem com o hoje ou o amanhã;
  • Dificuldade em aprender as cores;
  • Dificuldade na alfabetização;
  • Escreve palavras com sílabas faltando ou inverte a posição das letras;
  • Faz lições com pressa, deixando-as incompletas;
  • Dificuldades de concentração e atenção;
  • Dificuldade em realizar operações matemáticas, entre outras.
É importante que pais e professores percebam e sinalizem qualquer diferença no processo ensino-aprendizagem em relação aos demais alunos da mesma idade.