terça-feira, 3 de abril de 2018

IDENTIFICANDO O AUTISMO



I. AUTISMO INFANTIL

O TEA (Transtorno do Espectro Autista) afeta o desenvolvimento e acaba comprometendo a capacidade da pessoa de lidar com o mundo que a cerca.
E é chamado de espectro por conta das suas variações, que acabam fazendo com que o transtorno se manifeste de forma diferente em cada um. No entanto, alguns sinais são mais frequentes e podem indicar a necessidade de uma avaliação.
Como ainda não desenvolveram suas capacidades cognitivas, é mais difícil saber se bebês muito pequenos têm ou não autismo. Por isso, o distúrbio pode ser identificado pelos pais principalmente na linguagem corporal dos filhos.
Ainda assim, alguns sintomas podem já surgir na primeira infância, como no caso de bebês inquietos, que não dormem a quantidade de horas esperada, choram muito ou só querem ficar no colo, independentemente de quem seja.
Nesse sentido, aliás, a criança autista geralmente não tem muita afeição. Por isso, vai ao colo de qualquer pessoa. Também é preciso observar quando dormem em posições estranhas ou preferem ficar sozinhas no berço em vez de ter contato com os pais (em especial com a mãe).

Alterações comportamentais

Crianças autistas parecem muito corajosas e não possuem nenhum temor de situações que representam perigo para a maioria das pessoas, como, por exemplo, atravessar a rua sem olhar o trânsito. Outros sinais são:
  • ficar com o olhar “perdido no tempo”;
  • brincar com partes dos brinquedos;
  • não demonstrar que sente dor;
  • aparentar gostar de se machucar e de machucar outras pessoas de forma proposital;
  • ficar muito agitada quando precisa se adaptar a uma nova rotina.

Outras características desse aspecto são:
  • as expressões faciais são sempre as mesmas;
  • ao se sentirem desconfortáveis, olham com o canto do olho;
  • não atendem, mesmo sendo chamadas pelo nome;
  • referem-se a elas mesmas como “você”.

Comportamento nas brincadeiras

Nas brincadeiras, de forma geral, a criança autista também não se comporta da forma como os adultos esperam.
Como não ficam muito confortáveis com o contato físico, não respondem bem a brincadeiras de colo, como o “cavalinho”, nem gostam de imitar (fazendo caretas, por exemplo). Também evitam a interação com outras crianças e fogem de atividades em grupo como “esconde-esconde”.
Quando estão sozinhos, os pequenos autistas não sabem usar brinquedos simples, como carros ou peças de montar. E também não entendem situações de “faz de conta”, como falar ao telefone ou dar comida para uma boneca, por exemplo.
Além disso, têm uma propensão ao isolamento e a criar as próprias distrações, com alguns comportamentos que podem até ser considerados “estranhos” aos olhos das outras crianças.
Assim, a reclusão é bastante frequente, o que pode, ainda, interferir na escola e nas relações sociais de forma geral.